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Como Avicii revolucionou a música eletrônica e pagou um preço alto demais

O DJ veio ao mundo para nos mostrar que a música é eterna, mas a vida é frágil

por Fabrício Lopes - 05/01/2025




Você já parou pra pensar como uma música pode mudar tudo? Foi exatamente isso que aconteceu com "Levels", hit que colocou Avicii no topo do mundo. Em 2011, aquele refrão "I get a good feeling" bombou em todas as pistas e mudou para sempre a história do EDM.

Mas a verdadeira revolução estava por vir. Em 2013, no Ultra Music Festival de Miami, Avicii fez algo que ninguém esperava: misturou música eletrônica com country. Imagine só a cena: um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo e, de repente, começa a tocar violão e vocais folk!

No começo, o público não entendeu nada. Teve gente vaiando, postando críticas nas redes sociais, dizendo que era o fim da carreira dele. Mas "Wake Me Up" e "Hey Brother" se transformaram em algo muito maior que hits - viraram hinos de uma nova era da música eletrônica.

Essas músicas mostraram que não precisava ter medo de misturar estilos diferentes. Depois delas, muitos DJs começaram a experimentar novos sons, novas misturas. Até o presidente Obama falou de Avicii! De fracasso, o show virou um momento histórico.


Mas tem outro lado dessa história que precisa ser contado. Por trás dos palcos, das luzes e do sucesso, Tim Bergling (o verdadeiro nome de Avicii) estava sofrendo. A ansiedade era tanta que ele disse que parecia carregar uma pedra no estômago. Para aguentar fazer shows, começou a beber.

O que parecia uma "solução mágica" virou um problema sério de saúde.
O novo documentário da Netflix, "Avicii: Eu Sou Tim", mostra essa luta de forma muito sincera. Tim chegou a dizer que era mais feliz antes da fama.

Em 2015, precisou parar tudo e buscar ajuda. Começou a fazer terapia, mudou seus hábitos, tentou se cuidar. Estava até trabalhando em um novo álbum, mais pessoal. Mas, infelizmente, não aguentou. Partiu em 2018, aos 28 anos.


É impossível não pensar: quanto vale o sucesso? A pressão dos shows, das viagens sem fim, das cobranças - tudo isso pode destruir alguém por dentro. A história de Tim é um alerta importante: precisamos falar mais sobre saúde mental na cena eletrônica. DJs, produtores, artistas - todos são humanos, sentem, sofrem.

Na próxima vez que você ouvir "Levels", "Wake Me Up" ou "Hey Brother", lembre-se: por trás daquelas batidas perfeitas estava alguém que deu tudo de si para fazer música eterna. E conseguiu.Mas o preço foi alto demais.

Como disse o próprio Tim no documentário: "Música eterna, é isso que quero fazer". E fez. Agora, cabe a nós não só curtir esse som, mas também aprender com sua história. Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar da música. Que a gente nunca se esqueça disso.


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