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EDM + Funk = ?: A equação que dividiu opiniões no Tomorrowland

Afinal, Hardwell fez uma fusão ou provocou uma confusão quando decidiu abraçar o ritmo brasileiro?

por Fabrício Lopes - 12/10/2024



O Parque Maeda, em Itu, São Paulo, foi palco do aguardado retorno do Tomorrowland ao Brasil.O primeiro dia do festival de música eletrônica mais famoso do mundo trouxe uma mistura de emoções, superação e, claro, muita música.

O tema deste ano, "ADSCENDO", transporta os participantes para o mundo mágico de Arcadiano, onde humanos e pássaros vivem em harmonia. Esta narrativa rica em fantasia se desdobra em cinco guildas: Cantores Alados, Cavaleiros do Vento, Inventores, Criadores e Construtores. Cada guilda tem um papel crucial na sobrevivência deste universo ameaçado, criando uma alegoria fascinante sobre união e propósito.

A história de Arcadiano, aprofundada no livro "The Rise of Adscendo" , decora o festival e dá vida a cada canto do Parque Maeda.

Apesar das fortes chuvas que marcaram o início do evento, o investimento de mais de R$ 10 milhões em infraestrutura provou seu valor. Os lamaçais do ano anterior deram lugar a um terreno bem preparado, com sistemas de drenagem eficientes que garantiram a continuidade do festival sem grandes transtornos.

O primeiro dia trouxe uma seleção impressionante de artistas, com nomes como Alok, ANNA, Bhaskar e Vintage Culture representando o talento nacional. A presença de DJs brasileiros no line-up principal reforça a posição do país no cenário da música eletrônica global.

O encerramento da noite ficou por conta do DJ holandês Hardwell, que surpreendeu a todos ao incluir funk brasileiro em seu set. A escolha ousada de tocar "Parado no Bailão" levantou questões interessantes sobre a fusão de gêneros musicais e a própria definição de música eletrônica.

A decisão de Hardwell de incorporar funk em sua apresentação no Tomorrowland Brasil provoca uma reflexão importante: Qual é o limite entre gêneros musicais na era digital? O funk, ritmo tão característico do Brasil, pode ser considerado música eletrônica quando mixado por um DJ de renome internacional?

Essa fusão inesperada nos leva a questionar nossas próprias percepções sobre estilos musicais. Será que estamos testemunhando o nascimento de um novo subgênero ou apenas uma apropriação cultural momentânea? 

No fim, talvez a pergunta não seja se o funk é ou não música eletrônica, mas sim como esses encontros musicais podem enriquecer  ( ou não ) a experiência sonora e cultural. O Tomorrowland, como palco global da música eletrônica, parece ser o lugar perfeito para explorar essas fronteiras e celebrar a diversidade musical em todas as suas formas.

À medida que o festival avança, fica a expectativa: que outras surpresas e fusões nos aguardam nos próximos dias?


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