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Por que os DJs estão tocando tantas novas versões de músicas dance?

O que faz os remakes de clássicos tão populares?

por Fabrício Lopes - 06/10/2024



As paradas do Beatport estão cheias de remixes de antigos sucessos. Kevin McKay, fundador da Glasgow Underground, diz que “quase todas as gravadoras estão fazendo isso”. No início de maio, a Nervous Records, famosa na house music, teve dois hits no top 10: um remix animado de "Bitch Don't Kill My Vibe" do Kendrick Lamar e uma nova versão de "Last Night" de Diddy com Keyshia Cole.

 
O relançamento de "It's Not Right But It's OK", um clássico dos anos 90 de Whitney Houston, por Mr. Beltz & Wezol também ultrapassou 65 milhões de streams no Spotify.


Essas novas versões trazem vocais novos e são ajustadas para as pistas de dança, com batidas de quase 130 por minuto. Rida Naser, da SiriusXM, comenta que é especial poder cantar junto com músicas conhecidas, mesmo que sejam versões novas. Muitos produtores estão se inspirando. Por exemplo, Ghostbusterz remixou "Long Train Running" dos Doobie Brothers, e outras produções também estão bombaram no Beatport.


Desde 2018, essa tendência cresceu. Kevin McKay explica que artistas estavam evitando remixes, mas agora é comum. Joe Wiseman, do Insomniac Music Group, estava tão inundado de remakes que pensou em parar de aceitá-los.

A música dance sempre fez referência ao passado, mas muitas vezes os novos artistas pulam a fase das bandas cover. Para animar o público, muitas vezes são necessárias músicas que as pessoas já conhecem. Wez Saunders, da Defected Records, acredita que os remixes trazem nostalgia e ajudam a chamar a atenção para novas músicas.

George Hess, um promotor de rádio, acha que a falta de eventos durante a pandemia aumentou o desejo por músicas familiares. Hits como "Do It To It" do ACRAZE e "I'm Good (Blue)" de David Guetta também pegaram carona em sucessos antigos logo após o fim da pandemia.

Além disso, com a facilidade de produção, muitos DJs optam por remakes para se destacar em meio a tantas novidades. Enquanto 120.000 novas faixas aparecem diariamente nas plataformas de streaming, o Beatport recebe entre 20.000 e 25.000 novas músicas por semana. Mike Weiss, da Nervous Records, comenta que muitos produtores estão usando os mesmos plugins, e os covers ajudam a se diferenciar.

Apesar do aumento de remakes, não é garantia de sucesso. Wiseman acredita que os melhores remakes são os que trazem uma sensação de familiaridade, mas sem serem óbvios demais. Andrew Salsano, vice-presidente da Nervous Records, reforça que os covers são uma ferramenta, mas não o foco principal.

Matéria Original By Billboard


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