A Itália é um dos berços da música eletrônica, com uma rica história de artistas que marcaram a cena internacional. Embora muitas vezes não conheçamos a origem das músicas ou seus produtores, a influência italiana é inegável na Electronic Dance Music (EDM).

Nos anos 2000, um trio italiano chamou a atenção com seus projetos, mas seus nomes não eram amplamente conhecidos pelo público. Contudo, para os fãs dedicados, nomes como Simone Farina, Raf Marchesini e Stefano Lanfranchi são sinônimos de qualidade e inovação.

Tudo começa com a S.A.I.F.A.M Group, uma gravadora fundada por Mauro Farina em 1981. Mauro é uma figura central na cena da música eletrônica italiana, e seu legado continua através de seu filho, Simone Farina. Seguindo os passos do pai, Simone contribuiu com uma série de projetos que moldaram o som da dance music.

Simone Farina, com sua experiência, esteve envolvido em 38 projetos, incluindo o duo Smog, formado com Nicola Fasoli, que trouxe uma nova versão da música "Life is Life" do Opus.

Além disso, trabalhou ao lado de Raffaello Marchesini (ou simplesmente Raf Marchesini), em projetos como "Komodor" e "Saint Martin", que produziram hits como "Electrize" e "I Like It".

Marchesini, por sua vez, iniciou o projeto East End em 1996 sob o selo S.A.I.F.A.M, destacando-se com faixas como "Unity". 

Ele também formou o King Arthur com Gianpiero Viani e The Distance com Karim Razak, este último remixando vários sucessos com um toque de Deep House, incluindo "Loneliness Remix".

Juntos, Raf Marchesini e Stefano Lanfranchi uniram forças com Simone Farina para formar o grupo Desaparecidos, responsável por sucessos como "Ibiza" e "Fiesta Loca". 

O projeto, inicialmente conhecido como Sissoko, foi fundado por Claudio Coveri, Giordano Donati e Alex Guita, com Giula nos vocais. Em 2003, lançaram "Let the Music Take Control" e, no ano seguinte, "Believe".

Mais tarde, em 2009, Marchesini e Lanfranchi formaram uma dupla e lançaram faixas como "Boys and Girls". O amor de Marchesini e Farina pelo Brasil é evidente, com várias produções incluindo títulos em português e até clipes gravados no país, como "Majestade Real".

A versatilidade e o feeling para a música eletrônica são marcas registradas desses produtores, que transitaram por diversos estilos, como House Music, Electro, Deep House, Tribal House e Electro House. Seus trabalhos, ainda que alguns tenham caído no esquecimento, deixaram uma marca.

* Colaboração Rodrigo Benedictos aka Luther Guthier