Black Box, formada pelo trio italiano Daniele Davoli, Valerio Semplici e Mirko Limoni, ganhou destaque com o single "Numero Uno" em 1988 sob o nome de Starlight. Porém, foi em 1989 que a banda realmente brilhou com a adição da modelo francesa Katrin Quinol, que se tornou o rosto visual da banda, aparecendo em capas de singles e videoclipes.

 
O grande sucesso veio com "Ride on Time", que além de ser um hit nas paradas, trouxe à tona controvérsias significativas na indústria da música.

"Ride on Time" utilizou um sample não autorizado do single de 1980 "Love Sensation", cantado por Loleatta Holloway. Este uso sem crédito levou a disputas judiciais, resultando na substituição dos vocais por Heather Small, mais tarde famosa como vocalista do M People. Ao mesmo tempo, Quinol, que não falava inglês, foi contratada para dublar os vocais em apresentações ao vivo, gerando críticas e controvérsia sobre a prática de lip-sync.

A situação escalou quando Martha Wash, a verdadeira voz por trás de muitos sucessos da Black Box, incluindo "Strike It Up", processou a banda e a gravadora RCA por não creditá-la. O caso de Wash não só trouxe justiça a sua contribuição vocal, como também provocou mudanças significativas na indústria musical.


A repercussão do caso levou à adoção de legislação nos Estados Unidos que exigia que todos os créditos vocais fossem adequadamente listados em todas as gravações musicais e videoclipes. Esta legislação reforçou a transparência na indústria, garantindo que os artistas recebessem o reconhecimento e a remuneração justos por seu trabalho.

Apesar desses desafios, Black Box continuou a produzir música e a adaptar-se aos novos tempos, com Celestine Walcott-Gordon assumindo os vocais principais em 2015. A banda manteve sua relevância na indústria musical, alcançando novas gerações de fãs de música eletrônica.